
Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro desmantelou um grupo extremista que planejava um ataque a bomba durante o show de Lady Gaga, realizado em Copacabana no último sábado (3 de maio de 2025). Entre os desdobramentos da ação, os agentes também localizaram um homem em Macaé (RJ) acusado de planejar o assassinato de uma criança durante uma transmissão ao vivo. Ele será indiciado por terrorismo e induzimento ao crime.
A ofensiva policial, chamada de “Operação Fake Monster“, foi conduzida por equipes da DCAV, DRCI, 19ª DP e do Ciberlab do Ministério da Justiça. A investigação revelou que os criminosos utilizavam redes sociais para propagar discurso de ódio, sobretudo contra a comunidade LGBTQIAP+, e cooptar jovens para ações violentas. Eles se passavam por fãs da cantora para se infiltrar em comunidades online.

O grupo criminoso planejava lançar coquetéis molotov e artefatos explosivos durante o evento, tratando o atentado como um “desafio coletivo” em fóruns digitais, com o objetivo de obter notoriedade nas redes sociais.
Durante a operação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em diversos municípios, totalizando 9 alvos. Um dos líderes foi preso no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma de fogo, enquanto um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro por armazenar pornografia infantil.
Na casa dos suspeitos, os policiais apreenderam computadores e outros dispositivos com provas de envolvimento em crimes como automutilação induzida, pedofilia e incitação à violência. Segundo as autoridades, os investigados usavam esses conteúdos para afirmar pertencimento ao grupo extremista.
A atuação rápida da polícia evitou uma tragédia e destaca a crescente preocupação com crimes digitais e terrorismo doméstico ligados ao extremismo online.