
xr:d:DAFtlSfGCrA:2,j:8128273389397021748,t:23090513
O Brasil está cada vez mais próximo de dar um salto gigantesco no universo financeiro. O Drex, versão digital do real criada pelo Banco Central, acaba de entrar na segunda fase de testes. O relatório técnico recém-divulgado revela que ainda há obstáculos antes da estreia oficial, mas especialistas garantem: essa moeda pode transformar o jeito como os brasileiros lidam com o dinheiro.
O documento do Banco Central deixa claro que a tecnologia testada até agora ainda apresenta limitações sérias. Por isso, a liberação do Drex para o público será adiada. Mesmo assim, o entusiasmo do mercado é grande. A nova fase vai focar principalmente na privacidade e em melhorias que deixem o sistema mais conectado com as necessidades da sociedade e da economia real.

O Drex promete algo audacioso: transações digitais com recolhimento automático de impostos, redução de custos para bancos e usuários e um sistema mais seguro, barato e acessível para toda a população. Segundo o CEO da EvidJuri, Sthefano Cruvinel, o impacto pode ser imenso. Ele ressalta que, para que o Drex cumpra sua missão, será essencial que os brasileiros entendam e confiem na novidade.
Mas, afinal, o que é o Drex?
É a futura moeda digital brasileira, gerida exclusivamente pelo Banco Central. Seu nome vem de uma combinação de ideias: Digital, Real, Eletrônico e um X que simboliza conexão, como no Pix. Mas, ao contrário do Pix — que apenas transfere valores — o Drex será uma moeda oficial e programável, operando com blockchain e contratos inteligentes.
Diferente do Bitcoin, que depende da mineração para gerar novas unidades, o Drex será totalmente controlado pelo Banco Central. Nada de computadores competindo por moedas. Isso o classifica como uma CBDC — moeda digital emitida por um banco central — com regras claras e centralizadas, como já ocorre com o real em papel.
E o que muda para você?
Além de transações mais seguras, especialmente para compras de alto valor como imóveis e veículos, o Drex promete eliminar intermediários, agilizar pagamentos e reduzir em até 40% os custos operacionais dos bancos. Ou seja, menos burocracia, menos taxas e mais eficiência. Mas ele não vai substituir o Pix nem o dinheiro físico. Pelo contrário: o Drex será mais uma opção no arsenal do brasileiro.
Segundo Alex Andrade, CEO da Swiss Capital, a expectativa é que até 30% das transações digitais no Brasil envolvam o Drex nos próximos anos. Ele acredita que a moeda vai ganhar força no varejo e nos serviços financeiros, mudando a forma como o país consome, paga impostos e movimenta a economia.
Ainda sem uma data exata de estreia, o Drex está sendo testado desde março de 2023, por meio do programa “Piloto Drex”. Empresas privadas participam desse laboratório em tempo real, ajudando o governo a identificar falhas e ajustar os sistemas antes da liberação definitiva.
O economista Yvon Gaillard, CEO da fintech Dootax, explica que o Drex se destaca do Pix por oferecer mais segurança nas grandes transações. “É um novo nível de proteção e controle. O Brasil está entrando de vez na era da digitalização financeira, com todas as implicações fiscais e tecnológicas que isso carrega.”
E não, o dinheiro de papel não vai sumir. Pelo menos por enquanto. Segundo nota oficial da Secretaria de Comunicação, o Drex será apenas uma alternativa digital ao uso das cédulas, respeitando as mesmas leis de proteção de dados e sigilo bancário.
Se tudo correr como o Banco Central espera, a moeda digital brasileira pode começar a circular nos próximos anos e abrir as portas para uma nova revolução econômica. O futuro está chegando — e ele é digital.