
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que dois advogados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro sejam ouvidos pela Polícia Federal por suspeita de obstrução de Justiça.
A medida envolve Fábio Wajngarten e Paulo Cunha Bueno, que teriam tentado interferir na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. As acusações incluem contato com familiares, inclusive a filha menor de idade de Cid, para tentar apagar mensagens e manipular o relato dos fatos.

Mensagens entregues à PF mostram tentativas de pressionar a família do delator. Um dos interlocutores, Eduardo Kuntz, já é investigado e chegou a procurar a adolescente no WhatsApp.
Segundo Moraes, os atos relatados apontam para tentativa de obstruir investigação sobre organização criminosa. A PF também deverá analisar os dados extraídos do celular da filha de Cid.
A investigação sobre a tentativa de golpe de Estado envolvendo aliados de Bolsonaro continua em curso e pode atingir novos nomes do núcleo jurídico do ex-presidente.