
A pressão aumentou, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), bateu o pé: a proposta de anistia ampla para os presos do 8 de janeiro não vai para votação na marra.
Durante reunião tensa com deputados da oposição, incluindo Nikolas Ferreira (PL-MG), Motta foi firme. Disse que não há consenso sobre o texto atual, que prevê anistia geral e irrestrita aos envolvidos nos ataques golpistas.

Mesmo com assinaturas suficientes para urgência, o projeto segue travado. Motta alegou que não será pautado à força e que está “cansado de ser cobrado” sobre isso em todo lugar.
Segundo relatos da reunião, o clima esquentou quando Nikolas relembrou a visita de filhos de um fugitivo do 8 de janeiro ao gabinete de Motta.
A decisão final está nas mãos de Motta, que com respaldo dos líderes, decidiu adiar a análise por tempo indeterminado. E avisou: se o texto não mudar, nem passa na Câmara, nem no Senado, nem com Lula.
A disputa por anistia agora virou guerra política declarada.