
O Ministério da Fazenda jogou um balde de água fria nos brasileiros que sonham com uma correção completa da tabela do Imposto de Renda. Segundo o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, o custo seria astronômico: mais de R$ 100 bilhões.
“Não temos condições de fazer isso neste momento”, disse ele nesta terça-feira (20), durante audiência na Câmara. A fala ocorreu na Comissão Especial que discute o projeto do governo para isentar de IR quem ganha até R$ 5 mil.

A proposta de Lula, considerada prioridade pelo Planalto, também prevê redução no imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Para compensar a queda na arrecadação, o governo pretende criar um imposto mínimo de até 10% para quem fatura acima de R$ 50 mil por mês — o que dá R$ 600 mil ao ano.
O impasse está justamente nesse ponto: a forma de compensar a renúncia fiscal. O PP, por exemplo, defende aumento na CSLL de bancos que lucram mais de R$ 1 bilhão por ano. O governo, por sua vez, ainda negocia com o Congresso como viabilizar a medida.
Mesmo sem corrigir toda a tabela, o Planalto espera avançar com o projeto para atender a uma das principais promessas de campanha de Lula.